To precisado de dançar New Order de madrugada, no escuro, com luz negra e muita fumaça de cigarro. Mas como, se na segunda cerveja já me dá frio no Chico? Em frente ao Chico passam gente e prédios bonitos; a gente varia, os prédios não. Esqueceram do pedido e o mano da bicicleta tá puto, o Cauã Reymond também, mas não sei o motivo. Dispenso o cigarro e as mentas com vodca radioativas. Aos leões de chácara dos 80s a maioridade se alcançava aos 14. Amar doía gostoso aos 16. O metrô embalava o sono das 5 às 9.
Na fervilhante cena etílico gastronômica da Vila Buarque e Santa Cecília, tem um bar novinho e erradinho - todos são - na esquina antes malquista e vista da Frederico Abranches com a Barão de Joatinga: Cantinho. Sob uma trilha sonora de bamba e um teto de luminárias naïf, um balcão mínimo, um garçom tímido, quitutes e drinks com pegada autoral como é o normal, garotinho mal tirado ou cerveja ordinária acompanhados por simpaticíssimos chips de banana. A gamelinha com água fica no pé da porta e o Murray superindica!
Às vezes se faz necessário ir à Santa Ifigênia. Às vezes vou bem cedo, às vezes mais pro fim da tarde, sempre fugindo da muvuca. Hoje se foge de crackeiro o dia inteiro. Desde a República até a rua, a estes junta-se a miséria espalhada nas calçadas e nas fachadas dos prédios abandonados ou invadidos da Ipiranga. A turistada indiferente espreme-se cercada no Brahma. Celular a salvo, britanicamente destilo o fel no fel, um hiato sóbrio no superlativo térreo do Copan, talvez o mais fino balcão onde já se apoiaram meus cotovelos.
Treinar para uma maratona não é mole: treinos longos, intervalados, de ritmo, musculação, alongamento, massagem e o caralho! Relaxar a musculatura após a prova exige desprendimento e fígado. Prost!
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