"Chegou fim de semana todo mundo vai sair, só não vai...". Periga essa joça estar nas mais mais do ano no meu Spotify! Maldade a sentença sair na quinta. Fosse como o programado, na sexta o Charanga baixava e o pessoal fechava a Martim Francisco! O Brasil esperava e merecia essa catarse desde 2018.
"Ingrid Bergman, Ingrid Bergman, let's go make a picture". Essa perola está na minha playlist de folk porque, como eu, Billy Bragg e Wilco se amarram na sueca. Não sei se como eu eles finalmente assistiram na tela nem tão grande assim do Maria Antônia seu primeiro Oscar: Gaslight. Sim, vem daqui o termo "Gaslighting", ela mereceu o prêmio, mas não reparem no cabelo.
Preciso voltar às corridas e à minha SP das manhãs de domingo. Sábado à tarde volto à loja Bégê para, como dizia a postesia, gerar gentileza devolvendo o bloquinho desenhado à moça que fora o máximo para ganhar um abraço. A Vila Buarque aos sábados à tarde é efervescente, portanto, não é pra mim.
Na Vila Nova, quase na Santa Casa, um não sei o quê está inaugurando e uma gente afetada ocupa a quadra; entre as bancas reinventadas da praça na General Jardim tem uma feira carne de vaca com chope a preço de vinho, quitutinhos, brechozinho e um bingo; onde caibam, abrem cafés maneiristas e sorvetes de massa. Vem de onde esse cheiro de peido na Major Sertório?
Reclamo, mas eu vi essa área entregue à prostituição; vi o posto policial que mudou sua sorte ser dichavado pelo PCC; vi a senhorinha "Joey Ramone" sentada olhando pro nada; vi a turma do seu Mário, dentista ou advogado dependendo da cana, no bar do Ceará; vi a praça e sua biblioteca renascidas.
Uma menina que patinava e lia tudo o que dava na biblioteca Monteiro Lobato cresceu e, assim como eu, foi estudar arquitetura no Mackenzie. Se eu vi o que vi nessa praça, foi porque, quando eu vi, a moça que morava no primeiro andar desse prédio nessa esquina era o amor da minha vida e, daí, eu fiz o que fiz para ficar com ela, casado há vinte e seis anos completados ontem.
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